Livro aborda as diferentes leituras de mundo de um internacionalista

Autor: Sandy Lylia da Silva - Estagiária de Jornalismo

No dia 26 de setembro é comemorado no Brasil o Dia do Internacionalista, nome dado ao profissional graduado em Relações Internacionais. Os que escolhem esta profissão trabalham com análises e negociações envolvendo diversos países, otimizando as relações entre empresas, órgãos governamentais e entidades internacionais de várias áreas, como política, militar, cultural, comercial, legais ou de direitos civis. E para comemorar esta data, a Uninter realizou o lançamento do livro Teorias Contemporâneas de Relações Internacionais, nova obra base do seu curso.

No evento de lançamento, Caroline Cordeiro Viana e Silva, coordenadora do Curso de Relações Internacionais da Uninter, mediou um debate com os autores, Alexsandro Eugênio Pereira, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná, e Ramon Blanco, professor no curso de Relações Internacionais da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

Com o crescente aprofundamento das interações econômicas, sociais, culturais e políticas entre os povos do mundo, a área de relações internacionais vem tomando lugar cada vez mais central no cotidiano. Cientistas políticos debatem os problemas da sociedade buscando compreender os fenômenos internacionais em diversas situações, a partir de sua compreensão da dinâmica histórica.

Segundo Ramon, o livro traz uma série de abordagens teóricas que podem ajudar os internacionalistas de alguma forma a terem ferramentas para uma análise mais qualificada da política internacional, tomando contato com o que há de mais recente dentro das teorias das relações internacionais.

Para Alexsandro, as teorias de relações internacionais são essenciais, pois ajudam a pensar a política internacional a partir de ênfases específicas que se processam no curso do tempo, como por exemplo o construtivismo, que é uma das teorias apresentadas no livro. “A teoria nos chama atenção e nos permite enxergar melhor os processos de atuação de atores não estatais, por exemplo, e de fenômenos variados. Entender esta temática com uma preocupação profissional, e não só acadêmica, demanda conhecimento aprofundado na política internacional e toda sua dinâmica”.

Ramon destaca também que as teorias são instrumentos que possibilitam uma leitura mais precisa da realidade internacional, seja no âmbito acadêmico, empresarial ou em organizações não governamentais.

Sendo composta por seis capítulos, cada um deles abordando uma teoria, a publicação apresenta abordagens pós-positivistas, do final dos anos 1980, sobretudo dos anos 1990 em diante.

Ao serem questionados por Caroline sobre qual conselho poderiam deixar para que os internacionalistas possam ter uma carreira de sucesso, Alexsandro enfatizou a necessidade de manter uma postura insatisfeita perante o conhecimento, entendendo que a própria obra de sua coautoria consegue abordar as teorias com uma limitação temporal. “O conselho é manter-se informado, pois isto é um requisito essencial na formação de qualquer pessoa, e buscar leituras, ler sempre mais”.

Ramon, seguindo a mesma linha, complementa que a leitura no caso dos internacionalistas deve ser o mais ampla possível para quem deseja se tornar um profissional de sucesso, e que inevitavelmente deve-se procurar outros saberes. Para ele, esta seria a forma de haver maior conexão com as vidas da maioria da população global, através do exercício diário da busca do conhecimento literário.

A conversa foi transmitida no dia 27 de setembro de 2021 pelo canal do YouTube da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança, e via Facebook do curso Relações Internacionais da Uninter.  Para assistir à live completa, clique aqui.

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Autor: Sandy Lylia da Silva - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Porapak Apichodilok/Pexels


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