Crise hídrica acende luz de emergência: um novo apagão vem aí?
Autor: Débora Renauer de Oliveira - Estagiária de JornalismoO Brasil registra esse ano a sua pior crise hídrica das últimas 90 décadas. A escassez de chuvas não prejudica apenas a agricultura, pois impacta diretamente na geração de energia também. Em 2001, o país enfrentou uma seca histórica e a consequente baixa do nível dos reservatórios, que resultaram em um apagão.
Vinte anos depois, o Brasil volta a se preocupar com as medidas de racionamento e com o risco de um novo evento nacional de falta de energia. O risco de um novo apagão volta a rondar o país.
Segundo a especialista em gestão ambiental e professora da pós-graduação na área de meio ambiente da Uninter Sandra Lopes, de lá para cá o cenário não mudou muito. De acordo com a professora, continuamos sem incentivos e atualizações na área de geração de energia, ou seja, ainda somos muito dependentes de energia gerada por hidrelétricas.
O Brasil é um dos países com maior potencial em energias renováveis, e já houve épocas de estímulos governamentais para a utilização de energia solar. No entanto, segundo a professora o governo pretende tabelar e taxar a implementação e utilização de energia solar, o que no seu entendimento vai desestimular grande parte dos interessados.
Um decreto publicado no dia 25 de agosto determina que os órgãos públicos federais devem reduzir seu consumo de energia. O documento estabelece uma série de medidas para tentar economizar energia. Para Sandra, essas medidas podem ter um reflexo positivo, mas desde que sejam acompanhadas de monitoramento.
Apesar da urgência de medidas paliativas, a melhor forma de conter o agravamento da crise hídrica e o risco do apagão no Brasil seria realizar programas que visem à conscientização da população. É preciso mudar o comportamento de consumo de toda a sociedade.
Os jornalistas Mauri König e Arthur Salles conversaram com Sandra durante uma das edições do programa “Fato-ruptura”, no dia 27.ago.2021, transmitido pela Rádio Uninter. A live completa pode ser vista neste link.
* Na foto, o leito quase seco do Rio Paraná, na fronteira entre Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai).
Autor: Débora Renauer de Oliveira - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Reprodução Facebook