Depois de formado, a pós-graduação
Autor: Matheus Pferl - Estagiário de JornalismoApós a conclusão da graduação, muitas pessoas buscam continuar os estudos. Alguns optam por iniciar uma nova graduação e mudar o caminho, mas a maioria escolhe por seguir em uma pós-graduação, focando ainda mais no que escolheu. Dentro disso, existem duas possibilidades: a lato sensu (cursos de especialização e MBA) e a stricto sensu (mestrado, doutorado e pós-doutorado). Escolher um desses caminhos depende do que cada um quer para a sequência de sua carreira.
Quem opta por uma pós-graduação lato sensu busca se atualizar e desenvolver ainda mais competências para a área escolhida. Aqueles que desejam seguir uma pós-graduação em stricto sensu têm como objetivo seguir na carreira acadêmica e no desenvolvimento de pesquisas.
O egresso de Engenharia de Produção da Uninter Ricardo Junior Oliveira Silva escolheu fazer mestrado, e fala sobre essa nova etapa em sua vida. “Está sendo uma ótima experiência, é muito diferente da graduação. Sempre me falaram que eu iria sentir muita diferença, pois no mestrado é um ritmo maior de estudos, e eu imaginava que seria tranquilo, mas quando iniciei percebi que realmente é um nível ainda maior de estudos, outra pegada”, afirma.
Formado ao final de 2020, Ricardo hoje faz seu mestrado no programa de engenharia de produção da universidade federal do paraná (UFPR), na área de manufatura aditiva e impressão 3D. “Sempre quis seguir essa área de pesquisa e docência e esse foi o caminho que achei mais lógico para isso”, ressalta.
Ricardo lembra que o único momento de mais proximidade com as pesquisas durante a graduação foi no seu TCC, e que no mestrado aprendeu de fato a ser um pesquisador, mas para isso teve que ter mais dedicação. “No mestrado, com duas disciplinas já é muito complicado, pois são trabalhos densos, pesquisa e dissertação. Tive que aprender a correr atrás das coisas, pois é tudo você quem tem que buscar. O orientador é importante, mas quem tem que desenvolver as coisas é você. A independência é algo que é desenvolvido durante o mestrado também”, explica.
O programa de iniciação científica (PIC) que existe nas faculdades e centros universitários, como na Uninter, ajudam a motivar os alunos na linha de pesquisas. Aqueles que vislumbram esse segmento na carreira podem ter um primeiro contato e os resultados podem ser surpreendentes.
“O PIC foi um divisor de águas na minha vida. No terceiro ano de graduação foi apresentado para a turma um projeto de pesquisa, sobre metodologia de pesquisa para engenharia, e me chamou a atenção pois tinha uma aplicação muito bacana. Fiquei durante três anos, e durante esse tempo foi essencial para eu descobrir o que é pesquisa e para amadurecer a ideia de fazer um mestrado, que é um passo muito importante na carreira. É muito difícil escolher a pós pois são muitas opções, muitas áreas, então o PIC me ajudou muito”, salienta.
Inclusive, o PIC levou Ricardo até o Ceará, algo inesquecível para o egresso. “Nosso artigo foi submetido ao Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (Cobenge), e para nossa surpresa não só foi submetido como foi escolhido para apresentar a iniciação técnica, pois eles consideraram um tema muito relevante. A Uninter me mandou para lá para apresentar, em Fortaleza, no Ceará. Foi uma experiência única”, complementa.
Um ponto importante é a fluência no inglês, pois é a língua internacional e é considerado a língua da ciência. Com a fluência em inglês, surge a possibilidade de realizar até mesmo um mestrado sanduíche, em que se pode cursar uma parte do mestrado no Brasil e outra no exterior, o que valoriza ainda mais seu currículo e proporciona uma experiência única.
“Existem algumas opções de mestrado, e você pode se candidatar a bolsas. A Capes é uma delas. Se você está trabalhando, você se dedica em paralelo ao curso de mestrado. Eu sou bolsista Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), então ser pesquisador é o meu trabalho, e realmente é bem trabalhoso. Eu me dedico ao que a universidade precisar”, descreve Ricardo.
Planejar com antecedência é muito importante, além disso, o egresso deixa algumas dicas para ser assertivo na escolha da pós-graduação: “Assim que definir o que você deseja, comece a pesquisar universidades que tenham os programas de pós-graduação nessa área. Após isso, na página do programa já tem o corpo docente, e você pode ver o currículo de cada professor, e lá vai ter todas as informações. E assim você pode identificar aqueles que são compatíveis com sua área. Você pode entrar em contato com eles, pensar em um projeto, e os próprios professores podem te orientar. E é importante seguir em frente, sem desistir”, conclui.
Ricardo falou sobre sua experiência durante a última edição do programa GERIR, no dia 16.ago.2021, transmitido pela página oficial da Escola Politécnica da Uninter no Facebook. O evento teve mediação da professora Jessika Alves Coppi Arruda.
Autor: Matheus Pferl - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay