A difícil missão do gestor hospitalar

Autor: Vitor Diniz - Estagiário de Jornalismo

O gestor hospitalar é o profissional que atua tanto na saúde pública quanto privada, em hospitais, clínicas especializadas e postos de saúde. Ele é capaz de administrar as relações das instituições de saúde com as empresas de bens e serviços, como convênios, seguradoras, laboratórios e farmácias, buscando otimizar os recursos e insumos do setor.

Para falar sobre a atuação profissional dentro da área, a coordenadora do curso de Gestão Hospitalar da Uninter, professora Ivana Busato, convidou o gestor hospitalar Mario Gilberto Jesus Nunes para um bate-papo com os alunos, no dia 31.mar.2021.

Ivana foi gestora da Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba (FEAS), que administrava um hospital e uma maternidade. No ambulatório do hospital ela conheceu Mario, que na época era o enfermeiro responsável pelo setor.

Na gestão hospitalar, Mario começou atuando numa coordenação de enfermagem. “Só fui entender a complexidade da área quando assumi o cargo de supervisor hospitalar. Eu fazia os plantões nos sábados, domingos, feriados e nos períodos noturnos, ou seja, sempre que estava faltando os outros gestores de outras áreas”.

O trabalho dele envolvia desde os cuidados com pacientes nos leitos do hospital até o recebimento de insumos essenciais para realizar tratamentos nos quartos e enfermarias do hospital.

Profissionais de saúde precisam tomar decisões que muitas vezes são arriscadas. Mario destaca que, em sua concepção, o conhecimento é a base para a tomada de decisões. “Quando a decisão é solitária, quando você está sozinho num plantão, a decisão sempre tem que ser rápida. Você pode errar, aprender com o erro, e depois acertar. Não existe fórmula pronta”, diz.

Ivana explicou que um gerente de ambulatório se depara com serviços que são demandas espontâneas, ou seja, são serviços não agendados, e que geralmente são de prioridade emergencial. “Uma das coisas que os nossos alunos do curso de Gestão Hospitalar têm que compreender é que lidar com a agenda de profissionais médicos é uma coisa bastante trabalhosa”, destaca.

Mario ainda enfatizou que é uma tarefa difícil organizar a agenda para os serviços de ambulatório. “Quando entrei para ser gestor do serviço de ambulatório de um hospital público de Curitiba, identifiquei vários pontos que poderiam ser melhorados, alterados ou corrigidos. Para organizar a agenda, é preciso entender como é a instituição na qual se trabalha”, explica.

Segundo Mario, o fato de o serviço de saúde ser público ou privado faz diferença na organização da agenda. Cada um desses sistemas de saúde tem suas particularidades, como os modelos de remuneração, por exemplo. No funcionalismo público, o profissional da saúde é remunerado com um salário fixo, enquanto na iniciativa privada o mesmo profissional pode ser remunerado de acordo com a produtividade.

“As pessoas tendem a trabalhar mais em sistemas onde são remuneradas de acordo com a produtividade. Então, organizar uma agenda dentro do SUS é muito complexo, o gestor precisa envolver a equipe”, salienta.

Na página Uninter – Gestão Hospitalar você pode assistir ao bate-papo completo.

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Autor: Vitor Diniz - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Samuel Gabriel/Pixabay


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