Uma conversa sobre computação desplugada
Autor: Valéria Alves – Assistente MultimídiaA Rádio Uninter exibiu no dia 18.mar.2021 o programa Chave Interdisciplinar com o tema “Computação desplugada: como desenvolver a fluência digital em estudantes mesmo sem uso de computador”. Os professores convidados Denise Marques, Paulo Martinelli e Flavia Sucheck Mateus da Rocha comentaram sobre a importância de se aprender a programar na contemporaneidade, sendo esta uma sugestão até mesmo de documentos oficiais como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No programa, Martinelli apresentou alguns dos processos presentes na programação, como o pensamento lógico do programador, que deve criar algoritmos para resolver problemas. “Existem vários processos presentes nessa criação: muitas vezes o programador precisa dividir o problema em partes menores, precisa criar estratégias para corrigir sua programação, precisa de criatividade. O programador cria caminhos, roteiros para que o computador entenda o que ele espera”, disse.
A professora Denise, então, comentou que esses processos também podem estar presentes no nosso dia a dia, sendo eles importantes para a formação do indivíduo que irá atuar na sociedade. Nesse sentido, é importante aprender a resolver problemas, desenvolver a criatividade e um pensamento lógico. “Também precisamos criar roteiros, caminhos e estratégias”, afirma.
Apesar da necessidade da programação, nem todas as escolas possuem laboratórios de informática ou conexão à internet. Por isso, o programa levantou a seguinte questão: Como possibilitar que estudantes aprendam a programar e desenvolvam a fluência tecnológica sem computador?
A possibilidade levantada pela professora Flavia, que pesquisa sobre pensamento computacional, foi a computação desplugada, que permite a realização de atividades de programação sem que seja necessário o uso dessas máquinas. E deu várias dicas de como ela pode ser utilizada por professores ou pais, como por exemplo: na programação de um robô humano, uso de tabuleiros, descrição de roteiros, utilização de criação de algoritmos na forma escrita, reorganização de infográficos, uso de blocos para programação em quebra-cabeças, entre outros.
A proposta da professora é que sejam abordadas atividades que envolvam conceitos relacionados à programação de forma lúdica e sem o uso de telas desde a educação infantil. Segundo ela, a computação desplugada surge como uma opção de democratização da fluência tecnológica, uma vez que estudantes de escolas mais carentes também podem ter acesso a atividades desenvolvidas em escolas de renome, que já abordam robótica e programação no laboratório de informática.
Ainda, ela destaca que as escolas que contam com uma gama de recursos digitais também podem optar por esse tipo de atividade, que desperta a criatividade, auxilia no desenvolvimento de habilidades e contribui para uma redução no excesso de exposição a telas.
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Autor: Valéria Alves – Assistente MultimídiaEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Alicja/Pixabay