Consultoria interna, um caminho para a melhoria do serviço público

Autor: Matheus Pferl - Estagiário de Jornalismo

A consultoria é uma prática que resgata hábitos antigos da humanidade, pois nas sociedades antigas sempre existiram “conselheiros”, seja para pessoas com posição social relevante, como imperadores e reis, ou mesmo para pessoas comuns necessitadas de ajuda. Basicamente, pode ser considerada como a arte de aconselhar. Ao longo dos anos, a consultoria tem sido uma das estratégias mais tradicionais no auxílio à tomada de decisões em empresas.

O pesquisador Juliano Paniago de Alcântara publicou, na última edição do Caderno da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança, artigo intitulado A contribuição promovida pela implementação de consultoria interna em instituições públicas. No trabalho, o autor busca demonstrar a contribuição oferecida pela consultoria interna quando implementada como staff no ambiente das instituições públicas, analisando a importância da utilização destes preceitos e princípios associados à profissionalização gerencial como fatores determinantes para o sucesso.

Alcântara argumenta que a consultoria interna é necessária para uma otimização de processos e um maior rendimento, auxiliando a instituição e seus funcionários a terem uma atuação eficiente na prestação dos serviços públicos. Em cenários de transformações e mudanças, como o atual, o trabalho do consultor ganha relevância no mercado.

Conforme o autor cita, na avaliação de Oliveira (2001, p. 24), “a consultoria empresarial é um dos segmentos de serviços que mais tem crescido no mundo”. Juliano acrescenta que “há um aumento da demanda de consultoria ocasionada pela busca de novos conhecimentos e de inovações para enfrentar as mudanças do mundo corporativo.”

O processo de consultoria objetiva busca construir uma relação de auxílio, baseada no acordo entre as partes. O autor explica que ele pode ser dividido em três etapas: “a definição do problema, o desenvolvimento de possíveis soluções e a proposta para uma recomendação final”.

O consultor deve se colocar como aquele que tem responsabilidade pelos resultados da implementação dos projetos que idealizou, estruturou e desenvolveu. A consultoria não deve se basear no princípio de que o cliente está sempre certo. Assim, o consultor deve dizer o que é bom para o negócio, mesmo que esta posição possa prejudicar a relação cliente-consultor.

A consultoria pode estar relacionada a processos, quando o consultor adota a postura de facilitador, sem impor modelos nem forçar direcionamentos, ou sobre conteúdos, quando o consultor domina determinado assunto e ajuda seu cliente no entendimento, diagnóstico e solução dos problemas. A maioria dos consultores atua das duas formas.

Independentemente do tipo de foco que seja dado ao processo de consultoria, este apresentará sempre alguns elementos essenciais: o consultor, a instituição e os sintomas que, sendo identificados, deverão possibilitar a correta análise das causas para a apresentação de soluções e ações corretivas. É importante também estar atento a elementos típicos de questões que envolvam mudança, tais como: resistências, cooperação e adaptação. Além disso, a consultoria engloba serviços que requerem profissionais com conhecimento e habilidades de relevância; é necessário, então, que seja desempenhada por pessoas qualificadas.

Organizações preocupadas com seu crescimento e manutenção no sistema gerencial atual entendem a necessidade de contratar serviços especializados de consultoria. Essa atividade oferece a real oportunidade de alcançar a geração de valor social, com suas práticas e métodos, além de promover a afirmação dos princípios gerenciais e norteadores da administração pública.

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Autor: Matheus Pferl - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: pixabay


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