Robôs versus humanos, como será o futuro?
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de JornalismoHá muito tempo ouvimos dizer que os robôs vão substituir o homem em diversas funções de trabalho. Hoje, na indústria, robôs conseguem fazer aquilo que era trabalho de dezenas de operários. Para o espaço doméstico ou comercial já existe o robô aspirador, que pode substituir os funcionários que fazem a limpeza do piso.
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2019 apresentou uma estimativa de quais profissões podem desaparecer do mercado de trabalho, levando em consideração os avanços da tecnologia. Segundo a pesquisa Na era das máquinas, o emprego é de quem? Estimação da probabilidade de automação de ocupações no Brasil, cerca de 35 milhões de trabalhadores serão substituídos por máquinas no Brasil até o ano de 2050, o que forçará estes profissionais a mudar de profissão. A robotização também abrirá novas portas, criando vagas nas áreas relacionadas à tecnologia e inovação.
As áreas com menor risco de serem afetadas pela robotização são as que envolvem cuidado humano, empatia, legislação, análise de sentimentos e pensamentos. Os robôs geralmente substituem os seres humanos nas atividades repetitivas. Já nos trabalhos que exigem maior desempenho de raciocínio, criatividade e empatia dificilmente um robô conseguiria substituir as pessoas. Você consegue imaginar um robô interpretando leis, julgando um trabalho artístico ou atendendo um morador de rua?
Rosângela Araújo Marques, assistente social há 6 anos e orientadora educacional no polo Uninter Santa Maria (DF) fala sobre algumas especificidades de sua profissão que não podem ser desempenhadas pela inteligência artificial. “No trabalho de assistente social as qualidades humanas representam um papel mais importante que o da teoria, devido às habilidades essencialmente humanas que os robôs e as inteligências artificiais ainda não alcançaram. Por esse motivo o assistente social não pode ser substituído”, explica.
Não existem problemas idênticos entre as pessoas que são atendidas pela assistência social, cada uma delas tem diferentes necessidades para suprir e problemas que devem ser resolvidos. “A gente trabalha com garantias de direitos, somos responsáveis por garantir o bem-estar físico, psicológico e social do cidadão e cidadã. Atendemos pessoas que passaram por situações de vulnerabilidade e tiveram traumas, por isso é preciso entender o perfil de cada indivíduo para se utilizar a linguagem adequada”, conclui Rosângela.
Um profissional que exerce no seu dia a dia a empatia, a sensibilidade e a compreensão humana dificilmente será substituído por robôs. No polo da Uninter em Santa Maria, no Distrito Federal (DF), a orientadora educacional dos cursos de pós-graduação e licenciatura, Aline Cândida, conversou com algumas pessoas para saber sua opinião sobre o assunto, e produziu um vídeo a respeito (clique aqui para assistir).
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro