As religiões dos antigos primórdios: com qual você se adapta?

Autor: José Carlos Moraes*

A realidade brasileira possui um sincretismo religioso de grande porte. O último censo demonstrou que a religião cristã mantém a hegemonia nesta nação, ainda que as demais religiões se façam presentes com a representatividade dentro das quatro matrizes religiosas que são: ocidental, oriental, africana e indígena.

É um fato comum ao estudante, o estudo das religiões na atualidade, sua evolução em número de fiéis, principais práticas, doutrinas a seguir, os líderes que exercem influência sobre todos. Porém, existem fatos que muitas vezes passam despercebidos por todos. Claro que é de conhecimento de todos, afinal, os livros contam a história da humanidade desde os tempos antigos.

Mas afinal, como surge uma religião? Esta instituição remonta a nossa existência, teve sua utilização veiculada através de líderes governamentais, religiosos, ambos em muitas das vezes, agindo lado a lado e com viés de controle das pessoas ou não. O mundo antigo teve muitas religiões de elevado porte e que com o tempo, desapareceram da história, ficando apenas os relatos históricos que comprovam sua existência.

Muitas destas religiões não estudamos na escola e outras, conhecemos de muito tempo: suméria com destaque para o dilúvio conhecido como Épico de Gilgamesh, egípcia e suas incríveis pirâmides, cananeus conhecidos através da Bíblia Sagrada, olmeca na América Central, grega que inspira muitos filmes e outros fatos, asteca que remete a todos ao conhecido filme de catástrofe conhecido como 2012, nórdica que remete a Thor e Odin, muito lembrados em filmes.

No livro “As religiões que o mundo esqueceu”, capítulo dos Sumérios, elaborado pelo professor Luiz Alexandre Solano Rossi, observa-se o relato do dilúvio, o primeiro Noé relatado, deuses citados como patronos de cidades, práticas religiosas executadas por clero exclusivo, o homem criado do barro divino. História muito antiga e separada por séculos da atualidade. Localizados na antiga Mesopotâmia, possuíam riqueza literária, hierarquias de comando com organização de pessoas para a construção de obras públicas, entre outros fatos. Detalhe a parte para a cidade de Uruk de categoria mega com 1,6 milhão de metros quadrados. Nesta tradição, os humanos eram organizados de acordo com a vontade da divindade e supervisionada também pelos deuses. Um povo que acreditava na existência do mal, mas que acreditavam nos deuses alinhados à semelhança dos humanos.

* José Carlos Moraes é mestre em Teologia, professor da área de Humanidades na licenciatura em Ciências da Religião da Uninter.

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Autor: José Carlos Moraes*
Créditos do Fotógrafo: Hany Alashkar/Pixabay


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