Diabetes e as amputações nos membros inferiores, como prevenir?
Autor: Érica Espessotte e Vinícius Bednarczuk de Oliveira*Desde 1991, 14 de novembro é celebrado pela Federação Internacional de Diabetes e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como o Dia Mundial da Diabetes. Segundo dados recentes da Sociedade Brasileira, diabetes mellitus (DM), é um importante e crescente problema de saúde para todos os países, independentemente do seu grau de desenvolvimento. A DM é caracterizada por distúrbios metabólicos que resultam em níveis elevados de glicose no sangue, as causas da doença podem ser várias, porém todos os tipos de DM costumam apresentar complicações semelhantes, podendo ser no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.
Suas complicações constituem as principais causas de mortalidade precoce na maioria dos países, aproximadamente quatro milhões de pessoas com idades entre 20 e 79 anos morreram por diabetes em 2015, o equivalente a um óbito a cada 8 segundos. Um dos problemas é a neuropatia diabética, caracterizada quando os nervos responsáveis pela nossa sensação de dor e tato são afetados, podendo desencadear perda da sensibilidade protetora dos pés, deixando-os mais sujeitos a machucados, feridas, originando as úlceras, podendo chegar à amputação de membros inferiores, como dedos, pés e pernas.
Segundo a OMS, 70% das amputações em membros inferiores no Brasil, ocorrem por causa do diabetes. Porém, no Brasil, ainda não temos informações precisas à população sobre as complicações da doença, principalmente em relação aos problemas nos pés.
As amputações de membros inferiores acontecem pela falta de controle de diversos fatores (controle glicêmico, controle da pressão arterial, tabagismo, entre outros), ocasionando assim, a neuropatia diabética. A neuropatia periférica, a mais comum, inicia com o que chamamos de lesões pré-ulcerativas, ou seja, calos, fissuras, tíneas, unha encravada, corte incorreto das unhas, dentre outros. Uma vez que o paciente desenvolve a neuropatia, a tendência é não sentir estas lesões nos pés, contribuindo para a evolução desta até chegar a uma úlcera, que pode ser agravada por um processo infeccioso, e se o paciente possuir alterações vasculares, a equipe de saúde poderá diagnosticar como “pé diabético”, umas das principais complicações da doença.
A equipe de saúde (médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, entre outros) é responsável pelo diagnóstico, acompanhamento e tratamento da doença. Além destes profissionais, o podólogo, profissional responsável pela saúde dos pés, pode atuar na prevenção, orientação e tratamento de lesões pré-ulcerativas nos pés, realizando o corte correto das unhas, a higienização adequada dos pés, meias e calçados. Além disto, o podólogo pode contribuir com orientações ao paciente em relação aos cuidados gerais, minimizando possíveis lesões que poderão levar, infelizmente, a severas complicações. Desta forma, o atendimento ao paciente diabético precisa ser feito por uma equipe multidisciplinar, sempre!
* Érica Espessotte é pedagoga, psicopedagoga, coach de carreira com ênfase em Terapia Transacional e podóloga. Vinícius Bednarczuk de Oliveira é farmacêutico e coordenador dos cursos de Farmácia e Práticas Integrativas e Complementares da Uninter.
Créditos do Fotógrafo: ShotPot/Pexels
Eu tenho 53 anos e faço uso do glifage , ainda não estou
na faixa etária que está sendo vacinada, devo procurar um
posto para me vacinar com antecedência?