A responsabilidade da indústria na poluição ambiental
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de JornalismoPolíticas nacionais desenvolvimentistas deram um grande impulso à indústria brasileira em meados do século passado. Foi a época do crescimento econômico acelerado, que inseriu o país nas cadeias internacionais de exportação. O outro lado dessa história, o dos impactos sobre o meio ambiente, como a poluição do ar e da água, levaria muito tempo para se tornar uma preocupação nacional.
O marco mundial das discussões sobre o meio ambiente foi a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), na década de 1970. Para falar sobre o tema da poluição industrial em sua perspectiva histórica, o curso de Gestão Ambiental da Uninter realizou uma palestra com a professora Ana Carolina Abrantes.
Ela iniciou sua fala destacando que as atividades das grandes fábricas afetam profundamente o meio ambiente e a vida das pessoas. Os processos industriais envolvem a utilização de produtos químicos que geram alguns compostos poluidores. “Quando falamos da indústria, falamos de algo com grande porte, onde a quantidade de contaminantes polui gravemente o solo, a água, e a atmosfera”, comenta.
A professora destacou os segmentos da indústria que mais poluem atualmente, que são aqueles que geram energia a partir de combustíveis fósseis. “Esses segmentos utilizam os derivados de petróleo, o carbono mineral, e ele possui metais pesados, como enxofre e nitrogênio. A queima desses combustíveis gera partículas finas de sólidos ou líquidos inaláveis”, explica.
A legislação ambiental no Brasil prevê alguns controles de qualidade do meio ambiente para evitar problemas maiores que podem ser gerados pela poluição industrial. Ana Carolina enfatizou que a legislação ambiental está sempre em evolução, e que dificilmente os cenários de poluição são transformados sem passar por um processo de adaptação. As indústrias geram grande quantidades de resíduos, e por isso é necessário fazer análises clínicas para verificar a quantidade de bactérias na água.
“As empresas brasileiras precisam se adaptar. O Brasil tem indústrias muito antigas que não foram construídas com uma estrutura para o tratamento de efluentes, e que agora estão tendo que se adaptar de acordo com as novas legislações”, conclui.
O evento foi transmitido pelo Facebook e permanece disponível na página CST Gestão Ambiental Uninter.
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Vitaly Vlasov/Pexels e reprodução Facebook