A ciência geográfica e o desafio da aula remota de Geografia

Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de Jornalismo

Já era perceptível a influência da tecnologia no modo de ensinar, o avanço tecnológico possibilita novas formas de transmissão de conhecimento. Isto se torna ainda mais real e urgente com a chegada da pandemia na vida de todos, fazendo com que escolas fossem fechadas.

“Nós estamos em momento bastante delicado, onde nós estamos tendo uma atividade diferenciada, que é a aula remota. A questão de o aluno ter que estudar na modalidade da educação a distância. Embora sejam conceitos diferentes, educação remota e educação a distância, nós precisamos dar esse suporte a todos os nossos alunos”, pontua o professor Valter Ribeiro.

Assim se iniciou o debate do dia 28.mai.2020 da Semana de Geografia, que em razão da pandemia foi realizada via internet entre os dias 25 e 29 do mês. A live contou também com as professoras Vera Scheller, Maria Eneida Fantin e Patricia Renner, tendo como assunto central a área de Geografia.

Maria Eneida começa a explanação do assunto apontando as diferenças entre a Geografia acadêmica e escolar, que possuem focos e objetivos distintos. Enquanto a primeira é centrada na pesquisa e produção de conhecimento, a segunda centra no trabalho docente, que leva em consideração, entre outros aspectos, a estrutura e forma de trabalho da escola onde ministra.

“Como a escola se organiza, a realidade daquelas comunidades, o modo como a comunidade se relaciona com a escola, como interfere na escola, como interfere no trabalho do professor, seja para o bem ou para o mal. O modo como a equipe gestora lida com tudo isso, como tudo isso envolve o trabalho de cada professor especialistas em cada uma das disciplinas”, explica a docente.

A professora coloca em questão o fato de haver uma hierarquização, o qual algumas pessoas acreditam que cursos de bacharelado são mais difíceis e que licenciatura “é só ensinar”.

“Essa fala da gente não diminuir a licenciatura, pra mim é muito cara. Porque nós sabemos que dentro da educação como um todo, já há algumas décadas, a formação de professor infelizmente vem sendo muito desvalorizada no nosso país e a gente não pode compactuar com isso”, afirma.

Os professores Valter Ribeiro e Patricia Renner pontuam a importância de trabalhar esta disciplina já nas séries iniciais, para que o aluno tenha uma leitura de mundo, conviva com a comunidade escola onde está inserido. Além de desenvolver um sentimento de pertencimento do espaço onde vive, entender o porquê ele está ali, ter um olhar diferenciado do que se acontece no entorno e que ele faz parte do processo.

Maria Eneida ainda fala sobre sobre currículo, apresenta os fundamentos e as diferentes concepções nas perspectivas acadêmica, instrumental, progressista e crítica. E os debatedores discorrem sobre o papel do professor, o lugar e o ensino da Geografia, os aspectos sociais e naturais associados para compreender o espaço geográfico.

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Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Retha Ferguson/Pexels


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