12 dicas para ajudar os pais em casa, a nova escola dos filhos em tempos de pandemia
Autor: Deisilly de Quadros e Gisele do Rocio Cordeiro*Acordar, tomar café, levar o filho para a escola, ir trabalhar, buscar o filho na escola, passar no supermercado, auxiliar o filho no dever de casa, jantar, dormir e, no dia seguinte, recomeçar as mesmas atividades. Essa era a rotina que acontecia na casa de muitos brasileiros. Acontecia, até aparecer um vírus danado e virar tudo de pernas para o ar.
A rotina de trabalho e da escola mudou, teve de ser repensada. De repente, nos vimos em casa, com nossos filhos, precisando acompanhar mais de perto do que nunca a jornada escolar deles. Isso em paralelo com atividades da casa e do trabalho, muitas vezes. Com isso, novas palavras se somaram ao nosso vocabulário: home office, homeschoolling, nome de plataformas digitais, educação remota…
Escolas e professores precisaram se reinventar e aprender, de repente, a produzir aulas remotas e a usar a tecnologia. Nós, em casa, tivemos que, de repente, sentar ao lado das crianças compartilhando o computador ou o celular – e o tempo!
E durante a aula ministrada por canais especiais da televisão, por plataformas diversas ou ainda após esses encontros com os professores, tivemos que relembrar conteúdos para ajudar nossos filhos nas variadas áreas: Ciências Naturais, Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Inglês… E ensinar! Ou tentar ensinar.
Com isso, coisas boas aconteceram: nos aproximamos da escola, dos professores e dos nossos filhos. Criamos afetos e parcerias preciosas. Mas também, alguns pontos nos levam a reflexões: como ensinar sem termos estudado para isso? É possível ensinar sem encontros presenciais? Nós, enquanto família, temos sido parceiros da escola dos nossos filhos? O que é educação? Todos têm o mesmo acesso ao conhecimento?
Neste momento de pandemia, os conteúdos curriculares são os mais relevantes? Cozinhar juntos, arrumar a casa em parceria, cantar músicas, ver filmes, ler histórias, conversar com amigos e familiares utilizando a tecnologia, descansar, conviver… Isso não são aprendizagens importantes?
Certamente, nossos filhos – e nós também – levarão lembranças deste tempo de quarentena. Que sejam boas! Que sejam intensas! Certamente, precisamos repensar nossa relação com o tempo, conosco, com o outro, com o meio, com a escola. E, diante de tantas reflexões e pensamentos, preparamos algumas dicas para que, em casa, a rotina de estudos possa ser um momento de interação afetiva entre pais, filhos e escola.
Mesmo não sendo fácil, foi a única opção nos dada até agora para que nossos filhos continuassem a estudar. E mesmo sem preparo pedagógico, nos vimos diante deste novo desafio: ajudar nossos filhos a acompanhar aulas on-line. E quantos de nós, adultos e pais, nunca sequer assistimos a uma aula neste modelo, não é?
O objetivo destas dicas é apontar possíveis caminhos para tornar a rotina em casa mais tranquila, alinhando trabalho, estudo e tarefas domésticas:
- Os pais ou responsáveis precisam buscar conhecer junto com os filhos a plataforma, canal de comunicação, ambiente virtual, em que serão disponibilizadas as matérias;
- Manter a rotina com os filhos: horário de dormir e acordar, tomar o café da manhã, almoçar, realizar as atividades da escola como faziam;
- Preparar o material escolar da criança: caderno, estojo, deixando tudo organizado para assistir à aula;
- Procure organizar o espaço onde a criança assistirá à aula, de preferência um lugar arejado, tranquilo e claro;
- É necessário assistir à aula completa;
- É importante que a criança registre os conteúdos no caderno, folha ou material que tiver disponível;
- A concentração é importante, então cuidado para que outros ruídos de televisão e conversas não distraiam a criança;
- É importante montar um cronograma organizando os horários de estudo e as entregas de trabalhos e avaliações;
- Os jovens podem realizar esta etapa com mais autonomia, para que não se sintam pressionados;
- Combinar a pausa das suas atividades de home office com o intervalo dos filhos: é importante respeitar os intervalos, assim como no colégio;
- Valorizar a realização de atividades domésticas junto com as crianças: cozinhar, colocar a mesa, tirar o pó dos móveis. Isso também é um momento de aprendizagem;
- Reservar momentos para o lazer: assistir a filmes, ler livros, ouvir música e brincar também são atividades importantes.
Há ainda pais que precisam sair de casa para ir presencialmente ao trabalho. Provavelmente, os filhos ficarão em casa. Assim mesmo, é preciso estabelecer uma rotina e acompanhá-los quando retornarem.
Enfim, sem dúvida, esse tempo ficará cravado na memória: tempo de repensar o ritmo, de recriar afetos, pensar novos caminhos para a educação.
* Deisilly de Quadros é coordenadora da Área de Linguagens e Sociedade e Gisele do Rocio Cordeiro é coordenadora da Área de Educação da Escola Superior de Educação da Uninter.
Autor: Deisilly de Quadros e Gisele do Rocio Cordeiro*Créditos do Fotógrafo: Freeimages
Concordo com todas as alternativa. Principalmente porque o aluno não esta dentro da sala de aula,o aluno terá que ter uma atenção maior com suas atividades.
Na teoria sempre é tudo muito lindo, mas na prática tem que lidar com as crianças em alfabetização que não entendem ou não conseguirem ficar sentadas por muito tempo, as crianças ficam desmotivadas para fazer lições sozinhas, muitos pais chegam cansados do dia de trabalho e estão lotados de lições das crianças q antes faziam no integral do colégio …a noite era para ficar com a família e curtir e está virando horário de estudo pois precisam da ajuda que durante o dia não conseguem realizar. As cobranças de trabalho, família, limpeza, contas, lições deixam o tempo mais escasso para divertimento e acaba virando um monte de cobranças
Concordo com você Fernanda.
Acontece, Fernanda, que muitos pais têm dificuldade porque já não participavam da vida escolar dos filhos, mas terceirizavam tudo. Ai, de repente ter que fazer isso se torna “um problema”, quando, na verdade, já era pra sempre existir essa participação…
imagina só um pai ou uma mãe ter que ser um professor sem ter estudado pra isso kkkkk então no raciocínio do pai ou a mãe dar um de professor em casa então não precisa de faculdade, qualquer um pode ser lamentável educação no Brasil vai gerar o que o sistema quer empregados, que vão viver trabalhando e morrer ganhando pouco sendo roubados pelo sistema futuro do Brasil não é um bom lugar
Nossa concordo com vc em tudo ,eu mesmo estou desesperada,tenho dois filhos ,uma na terceira série e o outro foi pro primeiro ano , pensa trabalho fora,chego só a noite ,eles já estão cansados ,não está aprendendo nada,não sei o que fazer
Foi perfeita em sua análise Fernanda.
legal
Muito importante essas dicas, criar um roteiro de trabalho é significativo para obtenção de resultados positivos, o planejar é parte primeira de qualquer iniciativa de execução de trabalho docente.
Concordo Patrícia Regina, o ato de planejar uma rotina dá um direcionamento ao trabalho.
Fácil não está sendo porque todo novo requer adaptações, replanejamento… mas acredito que escola e família juntas sempre encontram vias de soluções. Sempre foi assim e agora só mudou a forma de interação.
Muitos pais, por razões diversas, não conseguem seguir essas dicas. Evitemos julgá-los!
O meu filho Está com 6 anos e ele não estava em nenhum atl. Fazia os trabalhos quando chegava a casa. Já muitos dos dias era birras para fazer os trabalhos, agora com o terem vindo para casa a situação só piorou.. Hoje por exemplo ficou o dia todo até às 20h para fazer uma folha de português… Não sei o que fazer, hoje ficou o dia todo de castigo…
Oi Patrícia seu caso é como o meu ,ele também tem 6 anos ,veio do pré já fechou por causa do virus e aí foi pro primeiro ano ,falo filho faz os números pra mãe ,ele não sabe todos ainda ,só alguns e os mesmo com as letras ,e aí vem aquelas apostilas pra fazer em casa com coisas que nem eu sei fazer ,nossa estou desesperada viu
MÉTODO DE EDUCAÇÃO CONSIDERADO ULTRAPASSADO É INCENTIVADO POR EDUCADORES DURANTE A PANDEMIA
Queridos pais e mães, sou mãe de 3 garotos lindos e inteligentes.
Alfabetizei meu caçula em 2020 com recortes de letrinhas, brincando de forca, stop. No pré as tias diziam que não poderíamos alfabetizar, nem elas faziam isso. Era o momento lúdico deles. Pois nós aprendemos de um jeito “antiquado”, “ultrapassado” e poderíamos atrapalhar o aprendizado. Até na lição de casa, se eles não entendessem, era pra esperar o dia seguinte e tirar as dúvidas com os colegas, pois poderíamos confundi-los com nosso jeito anti-Paulo Freire.
E de repente, a participação espontânea que tínhamos em contribuir com a aprendizagem que era ultrapassada passou a ser essencial, último recurso disponível, indispensável. Somos obrigados a ouvir/ler que já deveríamos ter participado da vida escolar desde sempre, mas nos podavam.
Eu amo estudar, sou criativa e, sem poder interferir nos métodos super avançados de educação paulofreiriana, sempre lia para e com eles, limitava o tempo na tv / youtube a documentários ou desenhos educativos (Dora Aventureira e Diego, Umizoomi, Luna, Bubble Guppies, Doki, Aventuras com os Kratts, Blaze and the monsters machine, Hora do Justin, etc). Enquanto estávamos nas ruas, incentivava a identificarem as lojas, pontos de referência, leitura de mapas no metrô, placas de carro e letreiros de ônibus. Praticava as Virtudes com atitudes do dia a dia para formar cidadãos (compaixão, justiça, honestidade, lealdade, respeito etc).
Na primeira fase da quarentena foi mais simples, pois estávamos sentindo que precisávamos de mais tempo com a família. Eu tenho DISCALCULIA. Como posso ajudar meu garoto do 5º ano a entender que números viram letras e letras viram números em x=a.b² ???
O primogênito, aos 18 anos, estudou em escola privada enquanto eu trabalhava fora. Tínhamos tempo para fazer as lições juntos aos finais de semana. Mas eu não podia interferir..
Não fiz pedagogia, não tenho métodos! e tudo gira em torno de métodos!
A escola dos meus filhos envia um vídeo do youtube por dia e um formulário do Google com algumas perguntas.
E só!! E no grupo do whats mandam: qualquer dúvida, estou à disposição de tal hora a tal hora.
Não há explicação de matérias, não há interação entre os alunos!!
Cadê os MÉTODOS PEDAGÓGICOS, psicopedagógicos desses professores que se formaram e eram tão eficazes para ensinar nossos filhos ?
Também tenho que trabalhar, preciso de concentração. Na hora que a barriga ronca, sou eu quem para tudo o que está fazendo e vai pra cozinha, lava a louça, limpa a casa. Eles ajudam com a roupa e organização. Limpeza ñ dá pois são muito alérgicos.
Eu trabalho em casa, com Marketing Digital Estratégico.
E quem volta exausta diariamente após cuidar do teu filho, da tua loja, do teu hospital ? Como essa pessoa tem condições de sentar pra fazer lição com os filhos dela, após um trem lotado, serviço pesado (mental/fisicamente), fazer o jantar e arrumar a cozinha ?
Essa pessoa é um ser humano.
ILuska
@iluminando.com.br
Bom! Quem tem filho tem que arrumar um tempo para eztar ao lado dele sim! Com pandemia ou sem pandemia.
Amei as dicas, obrigada por compartilhar.
E de grande valia essa iniciativa de ajudar professores familiares e todos que fazem parte da educação no Brasil