Tecnologia e educação caminham juntas no Enfoc 2019
Autor: Julia Siqueira - Estagiária de JornalismoViver no século 21 e não falar sobre tecnologia é quase como ir a uma pizzaria e não pedir pizza. As inovações tecnológicas estão tão conectadas com o mundo atual que discutir a interferência delas em todos os níveis de nossas vidas é fundamental. E pensando nisso, um dos Grupos de Trabalho (GTs) do XV Encontro de Iniciação Científica (Enfoc) da Uninter reuniu trabalhos que tratam da interferência da tecnologia no campo da educação e da formação docente.
Graduanda do curso em licenciatura em História pela Uninter, Expedita da Silva foi uma das pesquisadoras que participou das sessões de apresentação do GT Educação e Novas Tecnologias, com o artigo “A diversidade curricular que permeia através do jornal”. Para o professor Rodrigo dos Santos, responsável por uma das sessões, o trabalho apresentado por ela foi um dos melhores dentro da temática.
“Ela foi lá, com os alunos do 5º ano, e fez a molecada perceber que a corrupção não é só lá em cima. A corrupção está nos pequenos atos. Expedita conseguiu mudar a forma como as crianças enxergavam o Brasil e enxergavam o mundo, a partir de coisas simples […] e com isso ela conseguiu mostrar para os alunos que a corrupção não acontece em Brasília, apenas. Ela acontece em todos os lugares e começa pequena! E isso foi bem legal”, explica Santos.
O professor ainda destaca o artigo “Curadoria educacional”, produzido pela estudante do mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter Lanita Sizanosky. O trabalho apresentado por ela relacionava-se com o conceito de curadoria e todas as suas implicações no campo educacional, com foco na Educação de Jovens e Adultos.
Ambas as estudantes asseguram que participar do evento foi uma experiência extremamente valiosa. Para Expedita, que participou pela primeira vez este ano, o Enfoc 2019 deixou um gostinho de quero mais. “Posso dizer que foi um momento muito rico, onde tive a oportunidade de assistir apresentações muito interessantes de diversos níveis da educação, desde alunos da graduação até professores já doutores. Assim, pude ampliar meus conhecimentos e, principalmente, pude falar sobre minha prática pedagógica e perceber, nos comentários das pessoas que me assistiram, que o trabalho que desenvolvi foi muito relevante. Espero poder participar das próximas edições”, conta.
Já Lanita participou pela segunda vez do evento. “Este é o meu segundo ano de participação no Enfoc e me trouxe um valioso crescimento pedagógico, pois além da possibilidade de compartilhar meus estudos, pude conhecer pessoas que se interessam por esta área de pesquisa. Também há muito crescimento acadêmico nas palestras e também nos diálogos nos corredores do evento. Agradeço a esta instituição que sempre prima pelo impecável”, comenta.
Além dos trabalhos destacados, mais 38 projetos foram submetidos ao grupo temático, sendo 10 deles da modalidade a distância. Estes números só comprovam a relevância da temática do GT, como salienta Santos.
“Talvez um dos maiores desafios da educação é que ela tenha uma tendência forte a se afastar da sociedade. E a sociedade hoje é muito tecnológica! Eu duvido que você conheça alguém que não tenha um smartphone. É muito difícil você achar alguém que não tenha um. Então como que a educação vai refutar isso? Como que chega um prefeito, um governador e fala ‘tá proibido o celular na escola’? Então a gente tem que pensar a tecnologia a nosso favor porque, se não, ela vai nos consumir. A escola fica desinteressante sem ela”, finaliza.
Autor: Julia Siqueira - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro