Da pedra lascada à robótica, a evolução do aprendizado
As novas tecnologias são um tema recorrente em pesquisas que usam alunos das escolas de ensino fundamental e médio como sujeitos. Podemos observar um interesse crescente em estudar como tais tecnologias têm impactado o modo que crianças e adolescentes se relacionam com os estudos, e também uns com os outros. Mas para Scheila Aparecida Leal Dantas, aluna do Mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter, até mesmo as tecnologias consideradas antigas podem ser objetos de pesquisa interessantes na área de educação.
O trabalho da mestranda abrange desde lanças de pedra lascada até kits de robótica industrializados, como os da LEGO. Professora da rede pública de ensino das cidades de Curitiba e São José dos Pinhais (PR), ela levou para a sala de aula argila, motores de VHS, leitores de CD, leds e outros objetos diversos que lhe possibilitaram abordar a linha do tempo da tecnologia.
Um grande diferencial do trabalho de Scheila foi a utilização de um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) – no caso, foi utilizado o sistema do Google. Os temas abordados nas aulas virtuais foram pré-História, as primeiras tecnologias, tecnologias atuais, robótica, robótica educacional, robótica com sucatas, robótica com Arduino e industrializada.
Por ter um AVA para complementar as aulas presenciais, estando dessa forma ligado ao tema da educação a distância, o trabalho de Scheila foi apresentado no 24º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED), realizado de 3 a 07 de outubro em Florianópolis (SC). Intitulado “Robótica De Baixo Custo Como Objeto De Aprendizagem Para Estudantes Com Altas Habilidades/Superdotação”, o trabalho foi desenvolvido sob orientação do professor Luciano Frontino de Medeiros.
A professora pontuou algumas percepções que teve durante sua pesquisa: “Em relação aos alunos foi o grande envolvimento dos pais com as crianças no desenvolvimento das atividades no AVA. (…) Percebo a cada nova oficina que o desenvolvimento dos estudantes tem sido cada vez melhor”.
Não foram apenas os alunos de Scheila que se desenvolveram e ganharam novas experiências com a pesquisa. “Tive a oportunidade de conhecer e interagir com diversos profissionais experientes, que muito contribuíram para minha formação. Além de poder apresentar meu trabalho num evento internacional”, comenta a pesquisadora.
Autor: Ariadne Körber - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal