MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Formação para repensar o aprendizado

É na escola que se formam os cidadãos que serão os profissionais do futuro. Por isso, além dos alunos é importante também analisar a capacitação dos professores. A formação em contexto é um conceito que sugere ser realizado a partir de um mapeamento das necessidades de escolas e comunidades. Enfim, do contexto.

Segundo Melanie Bordignon da Cruz, estudante no Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias da Uninter, a formação em contexto é algo simples, que pode ser feito no espaço da própria escola e sem grandes recursos. “É interessante principalmente pela questão financeira, pois a prática é feita no local da formação”, diz.

A mestranda explicou mais sobre este assunto durante a defesa de mestrado, onde apresentou o trabalho “Formação do Docente no Contexto da sua Prática: Perspectivas e Ações de Professores do Ensino Fundamental I”, realizado em maio. O objetivo da pesquisa foi analisar as práticas formativas do município e descobrir as necessidades dos professores.

A dissertação trabalhou com dois conceitos principais: a formação em contexto e as necessidades formativas. Este último trata de conhecer os interesses, expectativas e os problemas locais, para então construir estratégias e repensar a formação educacional. A pesquisa foi realizada em nove escolas da região metropolitana de Curitiba (PR), e contou com a participação de 250 professores de vários municípios.

A aluna concluiu com a pesquisa que os professores gostariam de formações mais dinâmicas e, no final do trabalho, elaborou um modelo para as regiões. “Os professores desses municípios não querem grandes cursos, querem algo simples e que os auxiliem na prática. O produto final foi uma matriz que serve de diretriz para possíveis formações nos municípios. Para elaborar isso, eu fiz todo um trabalho de pesquisa e um mapeamento dos recursos. Então tudo o que está na matriz é a voz dos próprios professores”, diz.

Para captar as informações, Melanie realizou um dia de ações formativas, no qual foram feitas três oficinas: de astronomia, robótica e ludicidade. A partir disso, a mestranda conseguiu conversar com professores locais e extrair suas opiniões. “Fazer pesquisa é muito difícil, as pessoas têm muito medo de se expor e de expor o trabalho também. As oficinas foram feitas para a coleta de dados, pois esta foi a forma que encontrei para conseguir conversar com os professores. Mas foi uma satisfação, fico inteiramente grata e feliz com o resultado”, conclui Melanie.

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Autor: Talita Santos – Estagiária de Jornalismo
Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Talita Santos – Estagiária de Jornalismo

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