Apoio é o maior incentivo à quimioterapia
Oito milhões de pessoas morrem de câncer a cada ano no mundo e perto de 600 mil novos casos surgem nesse período, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A quimioterapia tem sido uma das melhores respostas no combate à doença. Mas os pacientes padecem de mudanças físicas e psicológicas durante o tratamento, e o desconhecimento do processo da quimioterapia pode gerar medo nas mulheres com câncer de mama, aponta artigo publicado na revista Saúde e Desenvolvimento, uma das sete publicações científicas da Uninter.
Por isso a necessidade dos profissionais de saúde de orientarem as pacientes de forma correta. Esta é uma fase em que o apoio torna-se imprescindível. “O apoio é, inclusive o principal motivador para adesão do tratamento auxiliando também na estabilidade emocional das pacientes”, dizem os autores do artigo, a mestranda em psicologia Camila Vasconcelos Carnaúba Lima e o mestre em psicologia Weslem Martins Santos. Os pesquisadores conversaram com 10 mulheres em processo de quimioterapia.
A pesquisa constatou que durante esse período o comportamento e sentimentos se alteram. Elas relataram experimentar emoções como nervosismo, ansiedade, medo, desânimo, depressão e tristeza. O tratamento afeta as relações familiares, sociais e de trabalho. E em algum momento as pacientes incomodaram-se com determinados contatos sociais durante a quimioterapia. Alguns comentários negativos, ou mudanças no comportamento dos esposos, causam tristeza e frustração.
Nove das participantes enfatizaram a importância do apoio das pessoas durante o período da quimioterapia. Conselhos, palavras de conforto, elogios, cuidados diretos como serviços domésticos e alimentação, acompanhar ao médico, além de auxílio financeiro, são os motivos mais importantes para aderir ao tratamento. Para enfrentar o câncer, muitas delas, colocam como algo fundamental a “fé”. E o termo “força” também é muito utilizado quando se referem ao assunto. Os pensamentos positivos e a manutenção da auto estima também foram eleitos como algo relevante.
Segundo a pesquisa, outros estudos apontam que a perda de cabelo e a mudança da autoimagem alteram de forma negativa a autoestima das mulheres, pois parecem representar a perda da feminilidade. “Em especial, a perda do cabelo também é a reação mais marcante e vivenciada com mais sofrimento e podem desenvolver sentimentos de medo, tristeza, insegurança, baixa autoestima, vergonha e até isolamento social”, apontam os autores.
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Autor: Ana Caroline Paulino - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Banco de Imagens