Ei, cara, vamos falar de câncer de próstata?

Novembro é o mês de prevenção a um dos tipos de câncer que mais matam homens em todo o mundo: o câncer de próstata. Esta é uma doença que afeta principalmente homens acima dos 40 anos, sendo diagnosticado na maioria das vezes após os 60 anos. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem”, diz o Inca (Instituto Nacional do Câncer).

O médico do trabalho da Uninter, Jean Alexandre Corrêa Vieira, lembra que só em 2016 estima-se que foram descobertos mais de 60 mil novos casos somente no Brasil. “Um dos grandes inimigos da doença é a falta de busca por informação e prevenção. Um dos grandes tabus ainda é o exame de toque retal, justamente o primeiro passo do diagnóstico dessa e de outras doenças da próstata”, diz. Durante o Novembro Azul, a Uninter realizará diversas ações de prevenção à doença.

Esse tipo de câncer ocorre na próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Quanto mais avançado é um tumor, mais agressivo ele se torna, com mais mutações das células que se multiplicam mais rápido do que as células normais desta região.

Fatores de risco

O histórico familiar é um dos principais indicativos para a incidência de câncer de próstata. Alguém cujo pai ou tio teve câncer de próstata tem o dobro de risco para desenvolver a doença do que os demais. Segundo estudos do gênero, o risco cresce ainda mais entre os homens que têm um irmão com a doença. Se a pessoa tiver menos de 65 anos e mais de um parente afetado pela doença, o risco aumenta de 6 a 11 vezes.

Veja outros fatores de risco: 1) alimentação (dieta rica em gordura e carne vermelha, pobre em legumes, vegetais e frutas); 2) sedentarismo e obesidade (câncer de próstata mais agressivo); 3) taxas de estrogênio (quanto maior a taxa, maior o risco); 4) etnia (negros têm maior incidência); 5) região onde se vive (americanos têm mais câncer de próstata que asiáticos); 6) nível de poluição ambiental, assim como contato com derivados de borracha e substâncias como ferro, cromo, chumbo e cádmio.

Médicos recomendam a realização do toque retal e da dosagem do PSA a todos os homens acima de 50 anos. Para quem tem histórico familiar de câncer de próstata (pai ou irmão) antes dos 60 anos, recomenda-se esses exames a partir dos 40 anos. Alguns hábitos contribuem para melhorar a saúde e podem ajudar na prevenção deste câncer, como manter uma alimentação saudável, não fumar, ser fisicamente ativo e visitar regularmente o médico.