Seminário aborda a inclusão através de políticas públicas
As pessoas deficientes, apesar de conseguirem o seu espaço a cada dia, ainda passam por muitas dificuldades. Seja para procurar emprego, ter acesso aos estudos ou até mesmo para estabelecer uma relação social com outras pessoas. Por isso foram criadas as políticas públicas para pessoas com deficiência. Elas regulamentam procedimentos voltados ao cumprimento da legislação sobre os seus direitos nos mais variados campos.
“Como por exemplo na educação, definindo o atendimento educacional de crianças com deficiência nas escolas de ensino regular. As pessoas que possuem algum tipo de deficiência ainda sofrem preconceito infelizmente. Por desconhecimento da realidade das deficiências, ainda permanecem muitos tabus e estigmas relacionados as pessoas com deficiência, prejudicando seu ingresso no mundo do trabalho”, diz a coordenadora do Sianee da Uninter, Leomar Marchesini.
Durante o I Seminário de Direitos Humanos e Defesa das Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, alguns dos temas debatidos foram o trabalho do Serviço Social no auxílio da implantação das políticas públicas. A aplicação dos novos modelos das avaliações do INSS das pessoas com deficiência ligados a fatores biopsicossocial, ou seja, biológicos, psicológicos e sociais das deficiências. E por fim, o direito ao trabalho para o deficiente.
O evento foi organizado pela Câmara Temática de Ética e Direitos Humanos do Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS-PR), foi realizado no último dia 27 para celebrar o dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, que ocorre em 21 de setembro. O evento era gratuito e aberto ao público.
Os palestrantes foram o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Tadeu Marques da Fonseca, a coordenadora do Ambulatório do hospital de Clínicas da UFPR, Noemia da Silva Cavalheiro, o doutor em sociologia Wederson Santos e o assistente social e membro da Comissão Permanente de Ética do CRESS-PR Reginaldo Miguel Vileirine.
Segundo Leomar, esses encontros com palestras e discussões são uma boa fonte de conhecimento para o público, pois é um momento em que podem receber informações novas, muitas vezes ainda não abordadas na literatura da área. “São divulgados novos estudos de especialistas internacionais, cujos livros ainda não existem em tradução para o português. Os eventos deste tipo são a melhor forma de atualizar os interessados sobre novas metodologias, técnicas e conceitos da área das deficiências e da inclusão”, diz.
Edição: Mauri König
Autor: Talita Santos – Estagiária de JornalismoCréditos do Fotógrafo: Banco público de imagens