O sonho do futebol fez de Rubens um professor
Por Heloisa Alves Ribas – Estagiária de Jornalismo
O sonho de se tornar jogador de futebol acompanha muitos meninos e meninas de várias faixas etárias. Com isso, inúmeras escolinhas de futebol por todo o Brasil possibilitam a prática do esporte desde cedo visando a formação profissional. Mas, para isso, esses jovens precisam da orientação de pessoas que entendem do assunto, como Rubens Ourias Cardoso.
Rubens foi jogador de futebol amador em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, sua cidade natal. Iniciou aos 13 anos jogando no Sayonara, um time local. Atuou também em times de amigos e por um tempo foi jogador em um time profissional, o Camapuã Futebol Clube, pelo qual disputou a série B do Campeonato Estadual.
Aos 32 anos, o campo-grandense decidiu explorar outras áreas do futebol. Há nove meses o convite para se tornar técnico das categorias sub 11, 13 e 15 do Náutico Futebol Clube (MS) mudou a vida de Rubens. Ele conta que tudo começou porque seu filho, Riquelme, treinava no sub 11 e, durante as idas ao clube para levá-lo, conheceu o presidente, Júlio César Ramos. Eles se tornaram amigos e em uma conversa informal o presidente do clube perguntou se ele tinha interesse em ajudá-lo nessas categorias.
“São quatro anos de um projeto criado no Náutico que auxilia jovens que não possuem condições de arcar com a mensalidade a treinar em um time que oferece oportunidade para iniciar sua carreira. A maioria desses jovens está no projeto sem custo algum, o que, sabemos, pode mudar a vida deles”, diz Rubens.
Além da mudança de ares quanto ao futebol, o treinador iniciou há quatro meses o curso de Educação Física da Uninter, no polo de Campo Grande. Daí em diante, o campo-grandense acumula ainda mais sonhos na bagagem. “Agora que voltei a estudar, quero dar aulas em escolas e até mesmo me tornar um técnico de futebol profissional”, ressalta.
Homenagem na Câmara
A Câmara de Vereadores de Campo Grande realizou uma homenagem na última quarta-feira (12) a Rubens e Patrick Barbosa (também jogador), pelo dia do futebol amador. Para ele, esta homenagem, além de especial, é um forte motivador na sua carreira como treinador.
“Foi ótimo. Muita emoção. Me senti importante e orgulhoso do que mais gosto de fazer, que é jogar e ensinar a jogar futebol. Agora aumenta minha responsabilidade com os meus atletas, por isso vou estudar ainda mais para que no futuro eu possa me tornar um ótimo professor ou até mesmo um técnico de futebol”, conta Rubens.
Edição: Mauri König