Campanha da CNBB é chamado para também avaliar relações humanas
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abriu no último dia 1º a Campanha da Fraternidade 2017, cujo tema é “Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida”. O objetivo da ação é dar ênfase à diversidade de cada bioma, promover relações respeitosas com a vida, o meio ambiente e a cultura dos povos que vivem nesses biomas.
Na avaliação de Rodrigo Berté, diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter, esse é um caminho importante para a Igreja em suas diferentes manifestações, além de ser um chamado à comunidade para que assuma responsabilidades em defesa da vida, dos animais, das florestas, dos rios e da espécie humana.
“Da Amazônia até os pampas e do cerrado aos manguezais, a relação do homem com a natureza está melhorando. O homem moderno busca harmonizar o que no passado era um conflito de interesses econômicos em detrimento aos ecossistemas e biomas no Brasil”, avalia Berté.
Segundo ele, a profundidade do tema também está chamando a atenção para a relação do homem com o homem, que nos últimos anos piorou, ou seja, a falta de tolerância, de fraternidade e a ausência do diálogo estão provocando um afastamento de um para com o outro. “É preciso reverter esse quadro e promover o diálogo coletivo e não uma vida individualizada pelas ferramentas de tecnologia, que são importantes, mas não humanizadoras”.
Para Berté, devemos pensar um pouco em como cuidar da nossa casa, do nosso planeta, da perpetuação de espécies e da humanidade. “Qual será o futuro se continuarmos a degradar o ambiente? O que podemos fazer como indivíduos na promoção da qualidade de vida e no exercício pleno de cidadania? Precisamos dar alguns passos, a começar pela nossa casa, pelo nosso ambiente de trabalho e por fortalecer nossas relações pessoais”, diz.
“O povo da floresta clama por um ambiente que lhes proporcione qualidade de vida, buscando a proteção dos biomas brasileiros, que é responsabilidade de cada de um de nós, pelo bom ar que respiramos, pela boa água que bebemos e em especial pela fraternidade dos povos que cultivam e guardam a criação”.
Edição: Mauri König