Pessoas com deficiência participam de comitê para debater inclusão
Trocar ideias sobre como garantir que a inclusão das pessoas com deficiência aconteça de forma efetiva, especialmente no ambiente de trabalho. Esse foi um dos objetivos do II Encontro do Comitê de Inclusão de Pessoas com Deficiência, que aconteceu ontem (16), no campus Garcez da UNINTER, em Curitiba-PR.
O evento, conduzido pela Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu), reuniu colaboradores que tem diferentes tipos de deficiência, além de representantes da área de Gestão Estratégica de Pessoas da UNINTER. Os participantes debateram sobre temas relacionados à inclusão e compartilharam suas experiências e sugestões. “Estamos muito felizes com o encontro de hoje. Todos participaram e deram suas opiniões, o que é extremamente importante para pautarmos nossas ações futuras”, diz Thaís Soares, psicóloga da Unilehu.
Realizados a cada três meses, os encontros dos comitês são espaços destinados ao acompanhamento e desenvolvimento tanto dos gestores que tem pessoas com deficiência em suas equipes, quanto dos próprios colaboradores com deficiência. “A ideia é ter esse grupo para trabalhar protagonismo, autonomia, empoderamento e, partir disso, disseminar a informação sobre a inclusão de pessoas com deficiência. Tudo isso a partir da experiência deles”, afirma Thaís.
Wilson Madeira, analista administrativo do IBGPEX (braço de responsabilidade social do Grupo Educacional Uninter) deficiente visual, entende que a realização dos encontros é importante. “Acho muito valiosa a iniciativa da UNINTER de promover esses Comitês. Significa que não existe somente uma preocupação em preencher a cota, mas em realmente acompanhar como está sendo a inclusão e o desempenho da pessoa com deficiência no trabalho”, afirma. Para ele, a desinformação é a principal barreira encontrada no processo de inclusão. “Costumo dizer que só quem consegue ver as eficiências da alma, é capaz de ignorar as deficiências do corpo. Então a partir do momento que a pessoa consegue entender que a alma é eficiente, ela passa a me ver não como o Wilson cego, mas como o Wilson que é capaz”, diz.